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PROFISSIONAL DE RI TEM PAPEL ESTRATÉGICO DENTRO DAS COMPANHIAS

O IBRI e a Deloitte lançaram, em 28 de junho de 2016, durante o 18º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, a pesquisa: “Gestão de Riscos e RIs – Evolução Contínua para Criar e Preservar Valor nas Relações com Investidores”. A pesquisa mostrou que a área de RI (Relações com Investidores) tem vivenciado intenso processo evolutivo em resposta aos novos desafios impostos pelo mercado. E há demanda maior por profissionais de RI com perfil mais estratégico. Os resultados da pesquisa foram apresentados por Ricardo Rosanova Garcia, vice-presidente do IBRI e gerente de RI da Helbor, e por Bruce Mescher, sócio da área de Auditoria da Deloitte.

Além do tradicional papel de divulgar informações financeiras e gerir processos da área de maneira eficaz, o RI precisa estar alinhado com os objetivos de negócio e atento às oportunidades e aos riscos que surgem no dia a dia da empresa. O levantamento entrevistou 59 executivos, dos quais 64% ocupavam posições de liderança, como presidente, diretor ou superintendente. Todos os respondentes são responsáveis primários pela área de RI.

Em relação às empresas, 57% apresentaram mais de R$ 1 bilhão de faturamento anual em 2015 e 38% possuem mais de 5.000 funcionários, sendo que 48% dessas corporações têm capital brasileiro; 20%, estrangeiro; e 32%, capital misto. O segmento de serviços financeiros foi o que apresentou o maior percentual relativo de representantes (14%), seguido pelo de energia (10%). As entrevistas ocorreram em abril e maio de 2016.

Perfil estratégico
O estudo mostrou que 45% dos entrevistados destacaram o perfil estratégico como aquele que mais bem representa a área de RI dentro das empresas. Outros atributos destacados foram os papéis de comunicador (19%), catalisador e operador (ambos com 18% cada).

“Esse percentual indica o ganho de relevância do profissional de RI, que cada vez mais deve estar ciente das novas demandas por informação, tanto dentro quanto fora da empresa, bem como atuar em conjunto com as áreas de gestão de risco e de controles internos para promover um ambiente de confiança e mais transparência”, declara Ricardo Rosanova Garcia.

O executivo destacou, ainda, que o profissional de RI “deve se familiarizar com as novas demandas por informação, e atuar de forma conjunta com as áreas de gestão de riscos e controles internos para promover um ambiente de maior confiança e transparência”. Para os RIs, os novos requisitos exigirão entendimento mais profundo de políticas, sistemas e processos, não só para que possam ser capazes de explicá-los e divulgá-los de forma eficaz, mas para que estejam preparados para responder a perguntas e se envolver em um diálogo mais intenso com as partes interessadas.

Gestão de riscos nas empresas
Ainda de acordo com o estudo, a área de gestão de risco também tem vivenciado uma série de transformações ao longo dos anos, por causa das exigências dos órgãos reguladores, dos investidores e do mercado de capitais por mais transparência.

A pesquisa revelou que praticamente 90% dos entrevistados concordam que boas práticas corporativas de gestão de riscos e de controles internos têm impacto positivo para atrair e reter investidores; já 87% dos pesquisados acreditam na influência positiva dessas boas práticas sobre o preço da ação.

“Em um contexto de maior divulgação de informações financeiras e não financeiras, o profissional de Relações com Investidores tem de estar pronto para responder aos questionamentos dos agentes de mercado sobre os riscos inerentes ao negócio. É importante também que a área se engaje em uma conversa de profundidade com os investidores e stakeholders sobre este tema”, destacou Bruce Mescher.

Embora o levantamento tenha verificado um perfil mais estratégico e, portanto, mais atento às questões de gestão de risco, também foi apurado que aproximadamente 39% dos entrevistados avaliaram como baixo o nível de engajamento dos profissionais de RI com as estruturas de gestão de riscos e de controles de suas organizações.

Instrução CVM nº 552/2014

A prática de gestão de riscos tem entrado de modo cada vez mais intenso no dia a dia das organizações e dos profissionais de RI. Um exemplo é a Instrução CVM 552/2014, que objetiva melhorar a qualidade e a transparência das informações disponibilizadas ao mercado. A norma amplia o escopo dos dados divulgados nos Formulários de Referência das empresas, inclusive sobre as práticas de gestão de riscos e as estruturas de controles internos, além de outros assuntos. A íntegra do estudo do IBRI e da Deloitte está disponível no link: http://www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/enquete/3838_Pequisa%20IBRI%20e%20Deloitte_2016.pdf


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