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Em 1937, o professor Ronald Coase escreveu um artigo essencial para quem pretende tentar responder à pergunta: para que existem as firmas? No texto clássico The nature of the firm, o ilustre pensador (Prêmio Nobel de Economia em 1991) apresenta uma explicação para a necessidade das empresas (ou melhor, das firmas, palavra muito usada no âmbito da ciência econômica): firmas precisam existir porque é necessário firmar contratos de longo prazo entre empreendimentos e pessoas necessárias às diversas atividades a eles associados, especialmente quando não se consegue prever com exatidão quais serviços serão necessários no futuro.
Tais idéias não constituem a única teoria consistente sobre as firmas; ainda assim, fazem considerável sentido, pois acreditamos que seria insuportavelmente dispendioso para uma economia capitalista a contratação e descontratação de pessoas inúmeras vezes ao longo de uma semana de trabalho e das vidas úteis de múltiplos empreendimentos. Assim, contratos de trabalho de longo prazo, firmados entre uma entidade denominada firma (empresa) e pessoas prestadoras de serviços existiriam para reduzir dramaticamente custos de contratação, denominados pelo professor Coase de custos de transação.