RELATÓRIOS INTEGRADOS ESTÃO A CAMINHO
			por RAFAEL S. MINGONE		
		
		Há algum tempo, no mínimo quatro anos, o mundo já percebeu a  necessidade de integrar as informações sobre a gestão da  sustentabilidade às demonstrações contábeis das companhias.
Em 2008, quando participamos da segunda conferência do Global  Reporting Initiative, o GRI, em Amsterdã (Holanda), uma das principais  conclusões a que chegaram os líderes do setor empresarial e  especialistas no tema foi a de que os relatórios sobre o desempenho  socioambiental eram pouco utilizados para a tomada de decisões relativas  a investimentos, avaliação de riscos e outros fatores relevantes para  qualquer negócio, exatamente porque estavam apartados dos documentos que  espelham a performance econômica das organizações. Um contrassenso  quando se olham as estruturas dos comitês de sustentabilidade que apoiam  as estratégias definidas pelos Conselhos de Administração dos  principais conglomerados mundiais.
A importância de implantar programas e políticas de gerenciamento para  avaliar os impactos ambientais e sociais das atividades produtivas está  cristalina para qualquer CEO. O desafio, agora, está na comunicação  dessas iniciativas aos públicos estratégicos. Como fazer com que as  demonstrações contábeis e os relatos socioambientais sejam equilibrados e  mostrem ao mercado a mesma realidade? O que é necessário para que a  empresa não pareça arder no “Inferno de Dante”, no primeiro caso, e  “voar em céu de brigadeiro”, no segundo?
		
		
		Continua...