Opinião

O TEMPO É INIMIGO: DE TODOS OS NEGÓCIOS por ANA PAULA DE CASTRO

A pressão para não perder a oportunidade pode levar a decisões equivocadas. Ao avaliar a companhia que pretendem adquirir, as empresas consolidadoras devem ter todo o cuidado. No entanto, o imediatismo prejudica o processo de avaliação. Esse dilema atinge principalmente as multinacionais, que decidem fazer aquisições em outros países, onde a legislação é diferenciada e há poucos recursos para reverter um processo desse tipo.

Casos em que investidores perderam tudo estão longe de ser raros. O crescente interesse transfronteiriço em um mercado competitivo tornou as operações de fusões e aquisições (M&A) ainda mais complicadas. Para os compradores, a pressão é para identificar rapidamente alvos atraentes e fechar o negócio em menos tempo.

Com apenas algumas semanas para descobrir os pontos fortes e fracos de um negócio, é vital que o adquirente faça um sofisticado plano de due diligence. Os compradores de maior sucesso não se aventuram em uma nova indústria ou país sem antes realizar a due diligence para entender esse mercado. As informações podem não estar facilmente disponíveis e a situação é particularmente desafiadora em operações transfronteiriças, onde os sistemas de informação são drasticamente diferentes.