Fórum Abrasca

GESTÃO DE RISCOS UMA QUESTÃO ESTRATÉGICA

A história recente é pontuada por casos de perdas corporativas expressivas e até fechamento de empresas por falhas nas políticas de gestão e controle de riscos financeiros. A quebra do banco Lehman Brothers, que se tornou o marco da crise financeira internacional de 2008, é um exemplo do conhecido risco de mercado. Centros acadêmicos procuraram entender o que tinha ocorrido com as empresas que foram abaladas severamente pela crise. Identificaram que muitas tinham processos eficientes de avaliação de riscos, só que os relatórios apresentados nem sempre eram levados em conta na tomada de decisões.

Retrocedendo ao início da década de 90 verificamos que, naquela época, as empresas frequentemente tratavam risco de forma isolada, sem considerar o contexto macroeconômico. A preocupação eram apenas os sinistros que pudessem causar dano aos ativos físicos da companhia, ou seja, aqueles que poderiam ser segregados a partir da cobertura de seguros.

Nos últimos anos, porém, a ênfase em gestão de riscos vem ganhando espaço em diversos segmentos corporativos e organizacionais. Esse processo foi acelerado pela globalização das economias, e pela crescente interdependência dos mercados.

COMPROMISSO POR MELHORES PRÁTICAS
Quando a Abrasca estava elaborando seu código de autorregulação, a CVM sugeriu que gestão de riscos fosse tratado como tópico altamente relevante na estruturação do texto. Consideramos a proposta muito pertinente e dedicamos um espaço privilegiado na abordagem do tema.

Destacamos um capítulo específico enfatizando que a companhia deve manter sistemas de controles internos e gestão de riscos que propiciem sua sustentabilidade e perenidade. Os controles internos devem permitir à administração monitorar os processos operacionais e financeiros, assim como priorizar o processo de gestão de riscos em conformidade com as políticas e os limites estabelecidos pelo conselho de administração.


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