Listagem Global

BOLSA DE HONG KONG QUER LISTAR MAIS EMPRESAS BRASILEIRAS

O mercado de capitais chinês está no alvo de uma disputa crescente por parte de bolsas de valores dos países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), expoentes de crescimento dos mercados emergentes. Apesar dos esforços que vêm mobilizando para a realização de parcerias e acordos operacionais, a Bolsa de Hong Kong (HKEx) e a brasileira BM&FBovespa, têm atuado de maneira incisiva para captar negócios para seus próprios pregões. Enquanto a HKEx busca a listagem de novas empresas, a BM&FBovespa quer trazer novos investidores para sua área de atuação.

Embora uma iniciativa seja o contrário da outra, as razões de ambas as bolsas para praticá-las são as mesmas: restrições impostas tanto para estrangeiros que querem aplicar em bolsas chinesas quanto para os chineses que querem investir fora da China; farta poupança disponível na região vis a vis aos investimentos e rendimentos oferecidos pelo mercado chinês.


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AÇÕES DA VALE 20 HORAS NO AR

Em dezembro de 2010, com sua listagem na Bolsa de Hong Kong (HKEx), atualmente uma das principais portas de entrada no mercado de capitais asiático, a Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, adicionou mais um canal de negociação para suas ações e ampliou o período de exposição de seus papéis aos investidores. Devido ao fuso horário - quando ainda é noite no ocidente já é a manhã do dia seguinte no oriente - as ações da companhia passaram a ficar 20 horas no ar, permitindo sua negociação em diferentes mercados e diferentes moedas.

Além da bolsa brasileira - BM&FBovespa, onde é a empresa mais negociada do pregão, os investidores podem transacionar ações da Vale nas principais bolsas internacionais: NYSE (Bolsa de Valores de Nova York), Nyse Euronext (Bolsa de Valores de Paris) e na Latibex (Bolsa de Valores de Madri). Com sua entrada na HKEx, a Vale acessou o mercado asiático, região que mais cresce no mundo e a maior consumidora dos produtos da mineradora. Hoje 60% do minério de ferro produzido pela Vale é consumido na Ásia, dos quais 42% vão para a China. "A presença em Hong Kong permitiu que as ações fossem negociadas por uma massa de investidores chineses que tem grande interesse na empresa, mas não tinham acesso aos mercados onde ela era negociada", diz Carla Albano, gerente de RI da Vale, que participou do processo de listagem da empresa na bolsa asiática.

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