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Governança Corporativa

VALOR GERADO PELAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Gerar valor à organização e às partes interessadas é uma consequência do processo de Governança Corporativa fundamentado em informações de qualidade obtidas em tempo real para o estabelecimento de confiança ao mercado.

Novos tempos, nova ordem socioeconômica, ruptura subvertendo lógicas antigas, gerando novos modelos de negócios em constante transformação, evolução e revolução de certezas absolutas, ambientes de complexidades gerando incertezas. Este é e a nova ordem que se apresenta como sinal dos tempos.

Queda dos níveis de confiança gerando aumento de custos e baixa atratividade para investimentos, começa a fazer com que a restauração da confiança, passe a ser um fator econômico de rentabilidade e lucratividade na nova ordem econômica, para a sustentação do negócio.

O índice de confiança é um indicador usual no mundo, preponderante fator de investimento e longevidade econômica, podendo ser alcançado com sólida Governança Corporativa, através de informações de qualidade. Entendamos informações de qualidade como transparentes e fidedignas, demonstrativas da realidade e da verdade. Confiança é Valor! É moeda não monetizada que trocamos.

Não existe confiança sem Governança. O estabelecimento da confiança seguramente passa por processos bem definidos também suportados por Soluções Integradas de GRC, na geração de controles mais eficientes para a operação, permitindo assim a comunicação correta com a menor diferença entre o dever e os fatos. Transmitir ao RI o valor econômico da companhia pela transparência nas demonstrações financeiras e nos processos de negócio, é sinal que gera confiança para a construção de relacionamento de longo termo.

No contexto das empresas, no atual cenário econômico, não pairam dúvidas da importância dos órgãos de auditoria e comitês para o Conselho de Administração, em especial o comitê de Gestão de Riscos. Sendo os comitês, órgãos técnicos de Governança de grande importância e essencial apoio a o Conselho de Administração, cabe também a eles buscar maior conhecimento em suas atribuições, bem como, o entendimento do valor entregue por informações de qualidade providas por soluções integradas de GRC aos órgãos de Governança Corporativa.

A entrega de valor à organização e às partes interessadas é o resultado uma de um processo de Governança Corporativa fundamentado em informações de qualidade obtidas em tempo real.

Integrando Tecnologia da Informação ás Práticas de Governança Corporativa
No atual ambiente de negócios e contexto econômico da sociedade do conhecimento, um dos principais ativos para o diferencial competitivo é a informação, seja para as corporations e empresas listadas, seja para empresas familiares de capital fechado.

Para a informação de qualidade, diretamente ligada ao processo de Governança Corporativa e seus princípios, em modo amplo, se faz necessário seu devido processamento e governança, na obtenção de indicadores de precisão, que possam entregar real valor aos conselhos e demais órgãos de governança na condução e perenidade das organizações.

Neste contexto, Soluções Integradas de GRC (Governança, Risco e Conformidade) tornam-se cada vez mais necessárias e exercem um papel vital na entrega e condução destes indicadores aos diversos níveis de governança, atendimento aos regulatórios e gerenciamento de riscos inerentes, em um cenário globalizado, de crescente complexidade e velocidade de mudanças, ou ainda, como podemos otimizar os resultados e performance, abordando incerteza (gestão de riscos) e agir com integridade (conformidade regulatória e valores organizacionais).

Com a chamada e abordagem acima, o Capítulo Sul do IBGC realizou seu Talk Hour de agosto/2014, apresentando o real valor à profissionalização, que Soluções Integradas de GRC entregam à Governança e à Gestão de empresas nas diferentes naturezas, tipos de controle, portes e indústrias. Evento que chamou muito a atenção do público expectador que interagiu muito, devido a importância e relevância de questões como os valores estratégicos do processo de auditoria e controles e gestão de riscos.

Soluções Integradas de GRC entregam informações de qualidade em tempo real aos órgãos de Governança Corporativa
Os processos de controles internos, monitoramento contínuo, gestão de riscos operacionais, gerenciamento de controles financeiros, gerenciamento de conformidades legais e econômicas, e suas políticas, gerenciamento de auditoria interna e governança de TI, integrando dados e informações em tempo real, tornam-se cada vez mais necessários em sociedades informacionais e complexas, sendo ferramenta vital de real entrega de valor às praticas de Governança, quando esta se propõe e busca também entregar valor ao negócio, bem como, dar continuidade e aumentar a riqueza das empresas e das famílias. Valor, é o tema que norteará as discussões do 15° Congresso Internacional de Governança Corporativa do IBGC neste ano.

Auditoria Avançada
Novamente salientando que, sendo os comitês, órgãos técnicos de Governança de grande importância e de essencial apoio ao Conselho de Administração, assim como, os órgãos de auditoria, quero aqui ressaltar com os adjetivos de pró-ativa, estratégica e focada no futuro das próximas gerações corporativas, e assim traduzir a auditoria interna como a "Auditoria Avançada". Esta é uma expressão que eu ouvi falar pela segunda vez neste ano, através do Task Force IIA ou força tarefa do Instituto de Auditores Internos.

Não quero aqui fazer apologias às questões meramente contenciosas de um processo de auditoria, nem negar ou me furtar da existência de inconsistências ou fraudes em organizações de diferentes controles e indústrias, mas sim salientar o valor da integração de indicadores de governança, riscos, performance e gestão financeira e operacional, e conformidade legal, de forma analítica (ou actionable analytics) em tempo real para o provimento de informações de qualidade e seu valor intrínseco ao processo de auditoria, contribuindo para a boa e verdadeira governança e ao negócio com o objetivo claro de profissionalização contínua e efetiva para a continuidade e crescimento das organizações e entrega de valor e confiança aos stakeholders.

Auditoria Interna é uma garantia objetiva e atividade de consultoria independente destinada a agregar valor e melhorar as operações de uma organização e sua governança. Ela ajuda a uma organização a alcançar seus objetivos, trazendo abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia da gestão de riscos, processos de controles e Governança.

E neste contexto, três grandes novas palavras surgiram: Garantia, Consultoria e Agregação de Valor.

Podemos avaliar a eficácia de uma auditoria avançada como ​​a capacidade de prevenir problemas e ações preventivas de fraudes (Actionable Analytics...), em vez de apenas identificá-los (e encontrar falhas), quando eles já existem e representaram um obstáculo para o sucesso organizacional. Isso significa ver o valor da auditoria interna e como ela pode ajudar a melhorar a gestão de riscos e controles internos, aumentar a performance entregado informações de qualidade.

"Auditoria Avançada" significa estar envolvido em novas iniciativas e projetos de forma pró-ativa (como por exemplo, uma crítica para controles de pré-implementação de um novo sistema corporativo ou desenho equivocado de uma alçada), significa uma assessoria que ajude a Gestão implementar um nível razoável de controle e de segurança.

Significa ver o sucesso da organização ligado ao sucesso da Gestão. Então no exemplo anterior, se a administração implementa um novo sistema sem controles ou de segurança insuficiente, quando tivermos a oportunidade reativa de avisá-los, isto também se refletirá como um fracasso da nossa parte, pois não conseguimos proativamente identificar o problema, para persuadir a Gestão sobre o que era importante.

"Auditoria Avançada" também significa auditar os riscos que impactam hoje e impactarão amanhã, não limitando o seu foco para o que aconteceu no passado, onde o dano já está estabelecido e corrompeu alguma das faces da performance do negócio.

“Existe valor em alguém dizer que a rua em frente da casa que morava em outra cidade está para ser reparada? Você só quer saber sobre as condições da estrada, onde é provável que você dirija, agora ou no futuro.”

A auditoria interna deve oferecer garantia e consultoria aos Conselhos sobre os riscos de hoje e amanhã. Dizendo à gestão que o que foi um problema no passado tem algum valor limitado, mas que na medida em que condições continuam a existir, problemas semelhantes podem continuar no futuro e que novos problemas podem surgir de outras condições.

Ou seja, auditores internos precisam ter em mente que a auditoria deve ter uma capacidade preditiva de análise para poderem entender o que o risco vai trazer e não apenas o que trouxe. Isso requer:

  • Ser suficientemente ágil para mudar o plano de auditoria interna como os riscos e as condições de negócios mudança;
  • Saber em profundidade que os riscos e as condições de negócios estão mudando.

Os líderes empresariais e do Conselho apreciam muito quando os auditores internos conseguem falar sobre o negócio utilizando a linguagem do negócio, quando podem demonstrar que entendem o que a empresa está fazendo e para onde pretende ou pode ir, assim como, quando sempre possam mostrar que seu trabalho é direcionado para ajudá-los a ter sucesso e chegar com segurança, onde eles querem ir.

E não nos iludamos, não existe bola de cristal ou planilhas conjugadas com poder analítico preditivo avançando para estágios acionáveis, que possibilitem o fornecimento de informações de qualidade. É necessário mais inteligência de capacidade analítica acionável em tempo real.

Neste contexto é que temos o advento de Soluções Integradas de GRC e Risk Analytics com capacidade analítica preditiva e acionável integrada, provendo indicadores em tempo real que possibilitem à Gestão e à Governança melhores estratégias competitivas em cenários de constante mudança e “explosão informacional” (Big Data).

Política de Engajamento
Há muito a ser dito sobre como a tecnologia pode tornar as políticas mais fáceis e interativas. As políticas de próxima geração são integradas e devem permear a toda organização, implantadas em um portal propiciando a fácil comunicação, treinamento e recursos relacionados em uma interface integrada, intuitiva e envolvente, para o corpo funcional user.

As políticas definem limites para o comportamento dos indivíduos, processos de negócios, relacionamentos e sistemas. No nível mais alto, a política começa com um código de conduta, estabelece ética e valores para estendido a toda a empresa, e autoriza outras políticas para governar toda a organização, gerando confiança.

O envolvimento para a entrega de políticas requer uma base sólida de conhecimentos. Podemos ser rápidos em pensar que se trata apenas de uma base tecnológica em si, mas não, não é. A tecnologia é muito importante, uma vez, que permite integrar e rapidamente analisar com precisão e acionar, mas a base para uma boa política é uma política bem escrita e clara.

As organizações de hoje devem demonstrar que os processos e práticas de Governança, Gestão de Riscos e Conformidades Regulatórias devem estar operacionais em toda a organização.

Em negócios complexos, em constante estado de transformação, a participação das linhas de frente ainda é pobre. As empresas, quando têm, são atormentadas por programas de check-box isolados de GRC, que são demorados, cheio de processos redundantes que muitas vezes dependem de planilhas, e-mails, operando em silos, com baixa capacidade analítica e de integração, que acabam por distorcer a realidade.

Ambiente de controles de GRC
A eficaz solução de GRC, deve ser acessível em toda a organização. Soluções Integradas de GRC permitem que as organizações obtenham informações de qualidade em tempo real para tomar o controle de combate a fraudes, incentivo a uma cultura de gestão de riscos e conformidade, facilmente adaptável a uma série de requisitos de Governança, evoluindo com a organização em um ambientes de negócios dinâmicos, engajados com toda a organização.

Derivando um pouco o tema até aqui proposto, mas não deixando de buscar uma relação interessante, entendendo que o cenário brasileiro onde temos uma predominância de empresas familiares e o forte crescimento do cooperativismo, existe um contexto eminente de sucessão, onde teremos que entender a condução futura destas organizações.

Mas afinal o que tem em haver Sistemas Integrados de GRC com a sucessão na empresa familiar e continuidade da riqueza da família? A princípio, talvez à primeira vista, nada...

Estudos diversos, são categóricos e afirmar que os Millennials serão em torno de 75% da força de trabalho até 2025, nas S.A.s e empresas familiares. Perece estar muito longe para pensarmos?

A resistência na mudança e na complexidade do mundo, gera desconexões e acaba por não gerar confiança. Crenças claras e visões em prontidão sobre o futuro, transformadoras de dentro para fora, terão mais depósitos em confiança.

John Davis no Fórum HSM de Family Business 2013, já alertava sobre a gestão da empresa familiar para o século 21, o século da sociedade da informação. E em seus pronunciamentos no Fórum HSM de Family Business 2014 abordou o comportamento, o sinal dos tempos das novas gerações nos processos de gestão, sucessão e governança das empresas familiares e o desenvolvimento da riqueza destas, com ênfase nas novas gerações, conhecidas como Millennials ou Peter Pan generation.

Millennials ou geração Peter Pan tem algumas características bastante peculiares, diferentes das antigas gerações, ou seja, dificuldades com regras e reconhecimento de autoridade, a felicidade e o bem estar (condições de extrema pessoalidade e desprovida de padrões), assim como, fazer o que realmente gosta, são questões mais importantes que cargos, sucesso ou posições. São extremamente conectados e digitais, com alto grau de instantaniedade e automação, gerando muitas vezes, ansiedades e impaciências.

Mas é esta a geração que ascende ao mercado de trabalho e que no futuro com grande probabilidade irá ocupar posições importantes e estratégicas à frente das organizações. Talvez, com certeza haja um processo de “eugenia adaptativa natural”, ou seja, ascendam os que se adaptarem e corrigirem inadequações de rumo, mas algumas características se manterão e serão levadas a diante em seus conceitos e comportamentos. Vejamos então o seguinte:

  • O objetivos das empresas não é crescer, manter e aumentar a riqueza dos acionistas e das famílias?
  • Os contextos socioeconômicos não estão mudando rapidamente?
  • Mercados não estão mudando constantemente?
  • As práticas de negócios não estão se transformando ou evoluído com a inserção de novos elementos e modelos?
  • Novas gerações não estão ou não irão ascender em linhas sucessórias no tempo?
  • Quais as vivências e hábitos destas gerações?
  • O mundo não está cada vez mais conectado e os processos organizacionais dependente da capacidade analítica da profusão informacional?
  • Quais serão as exigências das práticas de governança e negócios em novos tempos?
  • ... enfim a sociedade e as sociedades não estão mudando e se adaptando?

De Baby Boomers para Millennials: O eterno conflito de gerações ficou intenso
A transição de uma geração para outra muitas vezes foi uma espécie de trauma em potencial em muitas empresas familiares por uma série de fatores. O mundo mudou tem mudado nos últimos 30 anos, mas nuca tanto como agora, e o ritmo da transformação só pode acelerar em resposta às megatendências globais como mudanças demográficas, urbanização, a mudança do clima, e as novas tecnologias e conectividade plena.

Empresas de todos os setores enfrentam maiores desafios agora, a concorrência é mais intensa, a vida empresarial é mais complexa, ciclos de vida de produtos são mais curtos e empresas familiares, em particular, podem sentir a dificuldade em manter o ritmo, especialmente com novas tecnologias e comportamentos.

E neste contexto investir em novas tecnologias é um fator preponderante que se torna importante como um diferencial competitivo e de continuidade. A próxima geração está planejando e se preparando para a mudança. Não há dúvida sobre a ambição da próxima geração, sua grande maioria têm fortes idéias de mudança e crescimento. Alguns querem lançar novos produtos ou empreendimentos, ou fazer alterações onde e como a empresa opera, outros querem investir em novas tecnologias e explorar novas abordagens de mercado, usando TI para conduzirem os negócios e seus processos de Governança.

Eles estão se informando e acessando agora, para aplicar o que aprenderam na empresa da família. Eles querem implementar mais rigor nos processos, especialmente em torno de disciplinas como finanças, riscos e tecnologias. Eles querem esclarecer os papéis e responsabilidades, e documentá-los melhor. Eles querem atualizar seus sistemas tecnológicos para as oportunidades estão se abrindo.

Muitos gostariam de mudar a estrutura da empresa, de introduzir um modelo melhor definido da estrutura de gestão com atribuições e responsabilidades mais claras, de dar uma ênfase maior no longo prazo para as estratégia e desenvolvimento de negócios.

A Governança é também um tema recorrente. A próxima geração já percebe que eles podem apenas alcançar uma maior escala e atingir suas ambições de crescimento, se tiverem uma abordagem mais profissional para elaboração de relatórios precisos em tempo real e gerenciamento de desempenho e eficaz supervisão com informações de qualidade. Em muitos casos, já começam a estabelecer um processo formal para a implementação dos Conselhos de Administração, assim como novos Conselhos de Família estão sendo estabelecidos como parte deste processo.

Os tempos realmente mudaram e o contexto está levando as empresa à buscar da instituição de práticas de Governança que levem a entrega de valor ao negócio e prova de confiança ao mercado.

A percepção de valor também se dá na relação da performance sobre o grau de incertezas, assim como, nas oportunidades com riscos gerenciados, e neste contexto a entrega de informações de qualidade conjugada à capacidade de reportá-las, diminui as incertezas, gera confiança e aumenta o valor.

Companhias abertas de controles diversos e muitas empresas familiares de capital fechado, têm buscado demonstrar confiança ao mercado, através da instituição de práticas de Governança Corporativa. A busca por capital externo, por parte destas companhias tem aumentado, exigindo uma estratégia consistente de longo prazo, assim como, a vontade de comunicar e demonstrar informações de qualidade através do monitoramento contínuo dos riscos associados para a entrega desta estratégia.

Conclusão
Enfim, novos tempos se desenham e novos riscos são impostos, ter uma melhor gestão com monitoramento contínuo, provendo informações de qualidade em tempo real como, indicadores de performance, transparência e competitividade estratégica, passam a ser fatores de entrega de valor por parte da Governança Corporativa, geradores de confiança para o crescimento e longevidade da companhia ao mercado. E neste contexto, seguramente o uso de Soluções Integradas de GRC e Risk Analytics, torna-se um aliado fundamental e nativo no contexto desta sociedade em evolução, sinal dos tempos para a nova geração.

Evolução estratégica não existe sem Governança Corporativa. Quando uma companhia busca maior profissionalização em processos de expansão ou globalização, um eficiente sistema de controles é exigido, a Gestão muda, e a Governança sustentada por processos e Soluções Integradas de GRC passa a ser parte vital e efetiva na demonstração de confiança ao mercado e às partes interessadas.

 

Vladimir Barcellos Bidniuk é Advisoring em Governança Corporativa e GRC; Coordenador do Capítulo Sul do IBGC; Diretor de Governança da SUCESU-RS; e Professor da Pós- Graduação de Administração da FGV-Decison.
vlad.bidniuk@gmail.com


Continua...