Educação Financeira

RISCOS FINANCEIROS NA SEGUNDA ADOLESCÊNCIA

Quando eu nasci, em 1961, minha expectativa de vida era de 51 anos. Agora, ao completar 52, consulto a tábua de mortalidade AT 2000, já claramente defasada. Descubro que minha expectativa é chegar aos 82. Mulheres da minha idade têm expectativa de vida ainda maior: mais 34 anos.

Ganhar 30 anos de expectativa de vida é, por si só, um fato maravilhoso. O mais importante, porém, é que ganhamos a possibilidade de ter muito mais saúde e disposição na terceira idade. Também deixou de ser rara a quarta idade (dos 80 aos 100 anos) e viver além dos 100 anos já não é mais manchete de jornal.

Essas mudanças têm um impacto maior em nossas vidas do que poderíamos prever. Os executivos da geração Baby Boom, que estão se aposentando ou planejando se aposentar, passam por dilemas que jamais imaginariam quando conquistaram o primeiro emprego. Comecei a trabalhar no final dos anos 70. Na época, a carreira ideal era aquela construída dentro de uma única empresa ou órgão público. Os sonhos de pessoas da minha geração contemplavam 35 anos de trabalho duro, depois dos quais teriam direito a uma aposentadoria e a longos dias sem fazer nada, aproveitando uma merecida cadeira de balanço (ou, para mais contemporâneos, uma “poltrona do papai”). Se fosse muito aventureiro, poderia aproveitar os dias livres para pescar, cuidar do jardim ou criar passarinhos.


Continua...