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Mercado de Capitais

IPOs 2013: COMO FOI O ANO PARA AS EMPRESAS QUE ESTREARAM NA BOLSA?

Em 2013, nove empresas estrearam na BM&FBovespa. O número marca a retomada dos IPOs no país, já que no ano de 2012 apenas duas empresas fizeram suas ofertas públicas iniciais. Abril foi o mês mais movimentado, principalmente por conta do IPO da BB Seguridade, que levantou R$ 11,4 bilhões e se tornou o maior desde 2009. Além da empresa de seguros do Banco do Brasil, Alupar, Anima Educação, Biosev, CPFL Renováveis, Linx, Senior Solutions, Ser Educacional e Smiles também lançaram suas ações na bolsa brasileira.

Segundo Andrea Minardi, professora do Insper, os IPOs foram em média bem sucedidos até o momento. Um investidor que colocasse R$ 1,00 no lançamento de cada uma das nove ofertas, totalizando R$ 9,00, teria em 27 de novembro o equivalente a R$ 10,66. Teria perdido dinheiro em apenas 3 IPOs: Alupar, Biosev e Senior Solutions. Se esse investidor tivesse feito a mesma estratégia aplicando no Ibovespa, estaria R$ 2,06 mais pobre do que se tivesse comprado as ações das estreantes. “O Ibovespa é muito concentrado em commodities, e não reflete bem vários setores da economia, como por exemplo, educação, tecnologia da informação e seguros e serviços, que correspondem aos das empresas que abriram o capital em 2013”, explica.

MUDANÇA DE PLANOS
O ano de 2013 também foi marcado pela desistência de algumas empresas que planejavam abrir o capital, como a companhia aérea Azul, a Votorantim Cimentos, Vix Logística e Cedae, empresa estatal de saneamento do Rio. Entre os motivos para os cancelamentos, destaca-se o cenário macroeconômico.

De acordo com Nataniel Cezimbra, do BB, o sucesso de uma oferta é medido pela atratividade do deal, e pela confluência do preço justo considerado entre investidores e companhia, mas ressalta que há também uma necessidade de que as condições macroeconômicas, de mercado e corporativas estejam propícias ao IPO. “Entre as condições de mercado, a percepção de risco e de liquidez global são as mais importantes. Por sua vez, a previsibilidade de retorno dos recursos de um IPO, o nível de governança corporativa e a qualidade da comunicação da empresa com o mercado são fatores essenciais para o bom resultado de uma oferta inicial de ações”, afirma.


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