Opinião

LUGAR DE CONSELHEIRO FISCAL É LONGE DO CONSELHO

Calma pessoal, não mudei de opinião. Quem me conhece, ou já leu algum de meus inúmeros artigos sobre o tema, sabe que sou um ferrenho defensor dos conselhos fiscais. Afinal, o poder de fiscalização conferido individualmente a cada conselheiro, sem a necessidade de obtenção de consenso ou maioria de votos para a realização de estudos/apurações, é inigualável, um verdadeiro poder infinito que se estende até sobre empresas controladas/coligadas.

Lembro-me, como se fosse hoje, do dia em que solicitei como conselheiro fiscal a cópia de um contrato de mútuo assinado com a empresa controladora e recebi uma resposta negativa, com uma alegação inusitada: o contrato, apesar de continuar "em ser", havia sido assinado no ano anterior à minha posse e, por conta disso, o assunto não me dizia respeito. Resumindo o final da minha longa saga em território minado por gazes de enxofre: após denúncias ao conselho de administração (ignoradas pelos conselheiros eleitos pelo acionista controlador) e à CVM, o assunto foi parar na justiça comum com uma ação de exibição de livros. E ainda dizem que pato novo não deve mergulhar fundo na lagoa.


Continua...