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CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PREPARA IBRI DO FUTURO

Anastácio Ubaldino Fernandes Filho detalha os planos para os próximos dois anos da gestão do Instituto

O Conselho de Administração do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) tem realizado reuniões para traçar estratégias para o futuro. “Uma das prioridades é atrair mais associados e empresas que ainda não têm profissionais de RI como participantes do Instituto”, declara Anastácio Ubaldino Fernandes Filho, presidente do Conselho de Administração.

“Ao conversar com o Comitê Superior de Orientação, Nominação e Ética do IBRI, estabelecemos como meta fortalecer a imagem do Instituto, uma vez que estamos vivendo um momento importante para os profissionais de RI. O IBRI não pode perder esta oportunidade de exercer plenamente seu papel no mercado”, afirma.

A grande missão que foi definida pelos conselheiros é de rever todas as frentes de trabalho e as parcerias.

“Vamos reforçar as parcerias com as entidades do mercado, bem como nos aproximar mais das companhias abertas e as que analisam a possibilidade de abrir capital no futuro”, frisa Anastácio Fernandes Filho.

Uma ação do Conselho de Administração que já foi posta em prática foi a recente aprovação do IBRI para fazer parte da IMK (Iniciativa de Mercado de Capitais), fórum de discussão presidido pelo BCB (Banco Central do Brasil) e com cadeiras permanentes da CVM (Comissão de Valores Mobiliários); SUSEP (Superintendência de Seguros Privados); PREVIC (Superintendência Nacional de Previdência Complementar); RFB (Receita Federal do Brasil); e do ME (Ministério da Economia).

O Grupo tem como objetivo avaliar e propor medidas de aperfeiçoamento regulatório para reduzir o custo de capital no Brasil; estimular o crescimento da poupança de longo prazo e da eficiência da intermediação financeira e do investimento privado; além de desenvolver os mercados de capitais, de seguros e de previdência complementar.

Na visão de Anastácio Fernandes Filho, para atrair mais associados para o Instituto, “vamos buscar cumprir a missão de formar e valorizar os profissionais de Relações com Investidores, por meio de ações como aperfeiçoamento e oportunidades para agregar conhecimento”. Além disso, a utilização de ferramentas de comunicação será uma aliada do IBRI. “Queremos estar na vanguarda de tudo aquilo que possa gerar benefícios para o associado, seja atraente para as empresas abertas e para as que pretendem abrir o capital”, explica.

Segundo ele, o planejamento estratégico da entidade não deve ser interpretado como algo estático. “Não queremos um planejamento estratégico para cumprir tabela. Ele deve ser formalizado após aprovação do Conselho, para ser executado pela Diretoria Executiva. O Conselho deve exercer o papel de controle da execução. É muito importante que o planejamento seja claro, sucinto e realizável”, diz.

Ele adianta que o Conselho pretende também fortalecer a área de comunicação do Instituto. Em sua visão, “a marca tem que ser valorizada por meio de ações claras, para que a imagem do Instituto agregue valor para os profissionais de Relações com Investidores”, analisa. Além disso, “a regulação do mercado de capitais brasileiro tem mudado muito nos últimos anos. É uma área que o IBRI pode continuar contribuindo bastante”, declara.

A chegada de novos profissionais ao mercado também é uma das preocupações do Conselho de Administração do IBRI. “Queremos exercer o papel de tutor dos novos profissionais, mostrando experiências de vida positivas e até negativas, especialmente sobre como tratar a informação, e como criar uma relação de confiança com os interlocutores do mercado”, enfatiza.

Ao falar sobre a interação dos novos membros do Conselho, Anastácio Fernandes Filho diz estar “muito satisfeito com o time de conselheiros, em termos de energia, experiência e vontade de trabalhar pelo bem do IBRI e dos profissionais de RI”. “As reuniões que já realizamos foram muito boas e estamos imbuídos de fazer acontecer. Estou muito animado”, ressalta Anastácio Fernandes Filho.

A essência do RI continua a mesma
Na época em que era vice-presidente da Companhia Vale do Rio Doce (atualmente, Vale), em 1997, Anastácio Fernandes Filho e um grupo de profissionais do mercado de capitais tiveram a ideia de fundar uma entidade, que representasse os profissionais de Relações com Investidores no Brasil. Nascia, então, o IBRI. “Voltar agora na posição de presidente do Conselho de Administração foi motivo de orgulho e satisfação. De ver algo que ajudei a criar e agora poder ajudar no direcionamento do IBRI”, destaca.

Passados 23 anos, Anastácio Fernandes Filho cita a forte evolução tanto no mercado de capitais quanto no papel dos profissionais de Relações com Investidores.

Para o presidente do Conselho do IBRI, o profissional de Relações com Investidores precisa ter conhecimento, entender o negócio e saber ouvir até mesmo as críticas. Além de assumir o papel de interlocutor do mercado, transmitindo credibilidade e transparência. “Deve priorizar a prestação de contas. É algo que valorizo muito e faz toda a diferença para as empresas no mercado”, enfatiza.

Para Anastácio Fernandes Filho, um item relevante que “não mudou nesses anos, e é necessário que não se altere, é a confiança no interlocutor. Esse sempre foi um ponto que aprendi muito”, comenta. Ele observa que o profissional de RI precisa sempre dizer a verdade, mesmo que seja desagradável. “É preferível fazer isso a omitir. A confiança é algo que não se pode abrir mão”, analisa.

Apesar de todas as mudanças e evoluções que o mercado de capitais viveu e que ainda estão por vir, o presidente do Conselho de Administração do IBRI acredita que a essência do papel do RI, que é fazer a interface da empresa com os investidores, analistas e mídia especializada, “é a mesma e tem que estar sempre nas prioridades do profissional”.

Sobre Anastácio Ubaldino Fernandes Filho
Engenheiro Elétrico pela PUC/MG, pós-graduado em Engenharia Econômica pela Fundação Dom Cabral. É Conselheiro de Administração na Aegea Saneamento. Foi CEO da Kepler Weber S/A. Foi diretor administrativo financeiro e de operações da Companhia AIX de Participações, diretor superintendente da Braspérola Indústria e Comércio S/A, e diretor-presidente da Companhia Vale do Rio Doce. Possui experiência como Conselheiro de Administração nas seguintes empresas e entidades: Rio Doce Limited, Vale do Rio Doce Alumínio, Rio Doce Geologia, Aço Minas Gerais, Bahia Sul Celulose, Salobo Metais, Bolsa de Valores do Rio de Janeiro – Câmara de Liquidação e Custódia, ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas) e IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores).


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