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FORMULÁRIO DE REFERÊNCIA E GESTÃO DE RISCOS

O IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), a RIWeb e a EY promoveram, no dia 2 de fevereiro de 2016, às 11 horas, o webinar: “Formulário de Referência e Gerenciamento de Riscos: Quais os desafios para os profissionais de Relações com Investidores?”.

Houve destaque para os impactos nas companhias e na atuação do profissional de Relações com Investidores da Instrução CVM 552. Rodrigo Azevedo, CEO do Grupo Comunique-se/RIWeb, abriu o webinar e apresentou os participantes: Diego Barreto, conselheiro de Administração do IBRI; Rodrigo Azevedo, CEO do Grupo Comunique-se/RIWeb; Luciano Cunha, sócio da área de Mercado de Capitais da EY; e Fernando Vidal Lobo, sócio da EY.

Barreto enfatizou que o debate via web facilitou a participação da comunidade de RI e demais interessados. A Instrução CVM 552 de 09 de outubro de 2014 ampliou as responsabilidades de divulgação de informações no Formulário de Referência das companhias por parte do diretor de Relações com Investidores e do diretor-presidente da companhia. Luciano Cunha explicou que a Instrução da Comissão de Valores Mobiliários impacta o dia a dia das companhias, especialmente no que diz respeito à divulgação de informações no Formulário de Referência.

No início da apresentação, houve convite para informar o estágio de implementação da norma na empresa do participante do webinar. E deveria escolher entre quatro opções: se a companhia está totalmente preparada; ainda em preparação; não iniciou a preparação ou não tem conhecimento sobre o dispositivo legal. O resultado mostrou que 54% das empresas dos respondentes estão em preparação; 14% ainda não iniciaram; 23% declararam não conhecer a Instrução CVM 552; e apenas 9% das empresas estão completamente preparadas. O webinar contou com mais de 200 participantes online e intensa interação com os palestrantes.

Luciano Cunha, sócio da área de Mercado de Capitais da EY, disse que as respostas refletem a realidade do mercado e que as empresas listadas na NYSE (New York Stock Exchange) estão completamente preparadas por conta do estágio de amadurecimento.

Fernando Vidal Lobo, sócio da EY, reforçou que a Instrução CVM vai permitir ao mercado obter informação mais completa, assim como assegurar a transparência das companhias. Além disso, Fernando Lobo enfatizou que o foco do dispositivo legal está em três grandes objetivos: a companhia e seu relacionamento com o mercado; riscos e as informações financeiras. Dessa forma, existe um escopo muito amplo relacionado com os riscos.

De acordo com Cunha, foram incluídos no Formulário de Referência pela Instrução da CVM 552 solicitações adicionais de informações como fatores de riscos socioambientais; gerenciamento de riscos e controles internos.

Além disso, houve modificação no item relacionado a riscos de mercado. Outra alteração da Instrução são as declarações individuais do presidente e do diretor de Relações com Investidores, devidamente assinadas, atestando que: revisaram o formulário de referência; todas as informações contidas no formulário atendem ao disposto na Instrução CVM nº 480 e o conjunto de informações deve ser “um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômico-financeira do emissor e dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ele emitidos”, observou Cunha.

Diego Barreto comentou que houve uma evolução muito grande no conceito de Governança Corporativa. “Sob a ótica do profissional de RI, existe um aumento de escopo de gerenciamento de riscos”, acrescentou. Em sua visão, para o profissional de RI há o desafio de entender mais sobre risco, o que deve englobar o processo de gerenciamento e a fluidez da informação.

Luciano Cunha lembrou que as empresas que não possuem políticas de gerenciamento de riscos podem ter dificuldades ao solicitarem financiamento, bem como afastarem investidores, especialmente os estrangeiros.

Para acessar o vídeo na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=ryUoBYAw2OQ


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