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ITAÚ: EXCELÊNCIA EM RELAÇÕES COM INVESTIDORES

Mais uma vez a comunidade de investidores e analistas do mercado premiou a atuação do Itaú Unibanco, emissor de uma das ações mais líquidas negociadas na bolsa de valores brasileira - BM&FBovespa. O banco foi o vencedor do IR Brazil Awards 2015 nas categorias de Melhor Relatório Anual, na qual também venceu em 2014; Melhor do Setor Financeiro; e Melhor Uso de Tecnologia - para empresas super-large capital (acima de R$ 20 bilhões).

Além disso, o Itaú recebeu indicações - ficando entre os cinco finalistas - para a maioria das categorias de premiação do IR Awards Brazil 2015. Ao todo, considerando os prêmios recebidos, foram onze indicações incluindo também: Melhor Programa de RI, Melhores Práticas de Sustentabilidade, Melhor Executivo de Relações com Investidores, Melhor Governança Corporativa, Melhor Encontro com Investidores e Melhor Teleconferência. Roberto Setúbal, presidente do banco, foi indicado na categoria de melhor RI por um CEO.

Todo esse reconhecimento que as premiações e as indicações refletem, foram creditados à estratégia de atuação do banco. Segundo seu diretor de RI, Marcelo Kopel, devido à alta liquidez de suas ações, a área de relações com investidores do banco sempre foi muito demandada e a estratégia do banco é estar sempre disponível e próximo dos analistas e investidores.

O nível de interação do banco com o mercado não mudou com a crise político- econômica na qual o país está imerso. O que mudou, de acordo com Kopel, foi o tipo de informação solicitada pelos investidores. “Com a crise existe mais demanda para entender como o cenário macroeconômico afeta o banco. Os investidores querem saber mais sobre horizontes e entender mais a situação político-econômica atual”.

De acordo com analistas de mercado, no setor financeiro o banco tem se destacado em conseguir meios de alcançar escalas, pela diversificação de risco, elevado controle da inadimplência e índice de eficiência. A inadimplência de créditos vencidos há mais de 90 dias melhorou 0,6% em doze meses, alcançando 3,1% em dezembro de 2014. Esse é o menor índice registrado desde a fusão entre Itaú e Unibanco.

Daniel Marques, analista chefe da Gradual Investimentos, diz que o banco consegue ser rigoroso na concessão de crédito e mesmo assim consegue continuar expandindo sua carteira, reduzindo a inadimplência. Além disso, ele ressalta que como ninguém no Brasil o banco tem transformado um aumento menor da receita em um grande aumento do lucro.

Em 2014 a receita líquida do banco cresceu 14,5% em comparação ao ano anterior, enquanto no mesmo período o lucro líquido recorrente registrou uma elevação de 30,2% somando R$ 20,6 bilhões. De acordo com Kopel, isso foi obtido por uma gestão eficiente de custos e despesas, que no caso implicou em uma redução do custo do crédito em 2,7% na provisão de devedores duvidosos (PDD).

O analista da Gradual destaca também os movimentos do Itaú Unibanco para fora do Brasil, que devem trazer mais crescimento e contribuir para a diluição de riscos. Este ano, o Banco Itaú Chile, fez uma operação de fusão com o banco chileno CorpBanca. O banco resultante da fusão será denominado Itaú CorpBanca e criará uma plataforma bancária líder no Chile e na Colômbia, com maior potencial de expansão regional.

O Itaú Unibanco será o acionista controlador do banco resultante da fusão, com uma participação de 33,58%. Uma vez concluída, a fusão criará um banco com um perfil financeiro mais forte e maior poder de ganhos. A instituição resultante da fusão terá US$ 48 bilhões em ativos, uma carteira de crédito total de US$ 33 bilhões e aproximadamente US$ 28 bilhões em depósitos.

Por total de empréstimos, o banco será o quarto maior banco privado do Chile e o quinto maior banco privado da Colômbia, com 226 agências no primeiro país e 172 no segundo, capaz de oferecer aos clientes de ambos os países uma gama ampliada de produtos bancários.

Outro diferencial de atuação no mercado destacado por analistas é a rentabilidade do banco. Felipe Martins Silveira, analista da corretora Coinvalores, observa que o Itaú já adotou uma seletividade o que lhe permite uma rentabilidade bastante saudável. Em 2014, a rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) do banco foi de 24%, superando a média do mercado.

De acordo com Kopel, os resultados do banco são decorrentes de uma estratégia clara de atuação no setor financeiro focada em três pilares: trabalhar com ativos com perfil de menor risco, tanto nos produtos como na base de clientes, desenvolver cada vez mais a prestação de serviços, aumento de produtos de seguridade, e disciplina grande na gestão de despesas.

A combinação dos três pilares permite maximizar a rentabilidade, gerando mais resultados com custos menores, trazendo mais eficiência. Em 2014, o índice de eficiência, que representa a relação entre custos e receitas do banco, atingiu 46,6% com melhora de 1,9% em relação ao ano anterior.

Para o sucesso dessa estratégia o trunfo do Itaú Unibanco é o foco no cliente. “Esse foco, faz com que o banco seja mais assertivo no relacionamento com o cliente, permitindo o aumento na prestação de serviços. Já no ano passado metade do resultado gerado pelo banco foi decorrente da prestação de serviços, que é menos afetado pelos ciclos econômicos, o que reduz a volatilidade dos resultados”, observa.

Tecnologia segura
A atuação em tecnolgia tem tido papel fundamental para que o banco possa manter sua estratégia de focar o cliente. “Não nos preocupamos com o uso de “soluções bonitas”, mas em usar a tecnolgia em beneficio do cliente”, afirma o diretor executivo de tecnolgia do banco Ricardo Guerra.

No setor de tecnolgia a tônica é segurança e investir em pessoas. “Trabalhamos com uma equipe de ponta com os mlhores profissionais do mercado para entregar soluções para o cliente e temos obsessão por segurança”.

Quando se trata de abraçar novas tecnologias com segurança, o Itaú está “muito bem na fita” e talvez esteja um passo à frente dos concorrentes, na avaliação do analista da Gradual. Na área de tecnologia a banco busca segurança em novas tecnologias sem criar brechas para fraudes, acrescenta.

Segundo Guerra, o uso correto da tecnologia é saber traduzir as necessidades do cliente e usar a ferramenta como um meio para atendê-las. “O banco busca investir em tecnolgia que traga vantagens para o cliente. Somos um banco e a tecnologia tem que trabalhar a nosso favor.”

Em 2014, as transações feitas pela internet e celulares chegaram a 60% do total. O banco disponibilizou novas plataformas de agências digitais, onde o gerente e o cliente se comunicam de diversas formas (telefone, e-mail, SMS e chat online), promovendo interação remota e conveniência.

Entre 2011 e 2015, o banco terá investido mais de R$ 11 bilhões somente em tecnologia, o que inclui a inauguração oficial, este ano, do novo Centro Tecnológico no interior de São Paulo. Com isso, a capacidade de processamento para alocação de dados deve ser multiplicada em 25 vezes.

Relato Integrado
Em 2014, o banco já havia vencido o prêmio de Melhor Relatório Anual, mas o relatório premiado este ano evoluiu de lá para cá. O relatório ficou mais conciso com linguagem de leitura mais fácil, segundo Kopel.

O banco também desenvolveu uma nova metodologia para a gestão dos temas materiais, alinhada aos seus capitais, que aprofunda os temas de acordo com a relevância para a organização e para seus stakeholders. “Nosso objetivo é liderar e ampliar o engajamento sobre o relato integrado no Brasil e no mundo, sendo referência de mercado sobre o tema”, ressalta Kopel.

O Relatório Integrado é um novo modelo que torna a prestação de contas mais democrática. Com isso busca atender às expectativas dos stakeholders quanto a transparência, conectividade e visão de futuro dos aspectos econômicos, sociais, ambientais e de governança.

Entre os aprimoramentos do relatório de 2015, Kopel destaca a inclusão de depoimentos dos executivos e visão de futuro. “São coisas que valorizam o relatório e o tornam mais importante para os nossos interlocutores.” Kopel ressalta que o relatório é um documento e vivo e por isso ”estamos sempre trabalhando para melhorá-lo”.

Projetos Sociais
Em 2014, o banco investiu R$ 485,1 milhões em projetos sociais (principalmente voltados ao aprimoramento da educação, saúde, cultura esporte e mobilidade urbana), por meio de doações, patrocínios ou verbas incentivadas por leis (Rouanet, Incentivo ao Esporte).

Ainda, cumprindo seu papel social, o Itaú mantém diversas plataformas que visam orientar o cliente a ter uma relação saudável com o dinheiro: educação financeira, uso consciente do dinheiro, crédito, investimento e seguros. O valor adicionado, que demonstra a riqueza gerada para a comunidade, atingiu R$ 53,2 bilhões em 2014, assim distribuídos: R$ 14,9 bilhões para colaboradores, R$ 16,5 bilhões para impostos, R$ 16,1 bilhões para o reinvestimento dos lucros e R$ 5.6 bilhões para remuneração dos acionistas e outros.


Continua...