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Premiação

IR BRAZIL AWARDS 2016

Em cerimônia de premiação realizada no dia 28 de junho de 2016, na Fecomércio em São Paulo, a comunidade de Relações com Investidores (RI) homenageou os vencedores do IR Awards - Brazil 2016, a 12ª edição anual da prestigiosa premiação, celebrando e reconhecendo a excelência de empresas e profissionais brasileiros na transparência e comunicação com investidores.

Todo mundo gosta de ser reconhecido pelo que faz. O reconhecimento nos faz seguir em frente, sempre buscando fazer melhor. No mundo corporativo não é diferente. Por essa razão, os executivos e empresas costumam ter entre suas metas a conquista de prêmios. É claro que não basta ter como meta apenas ganhar, mas sim o que se faz para que o reconhecimento aconteça.

Na área de Relações com Investidores, um dos prêmios mais tradicionais e cobiçados globalmente é o IR Magazine Awards. O premiação concedida anualmente pela revista IR Magazine nos EUA, Europa, Ásia e Brasil, destaca as melhores empresas e executivos em suas Relações com Investidores em uma série de quesitos.

Nova Metodologia
Este ano, em sua 12a edição no Brasil, após ouvir o feedback da comunidade de RI nos últimos anos e detectar que algumas mudanças eram necessárias, a IR Magazine contratou a Eleven Financial Research para assumir o Estudo de Percepção que gera a premiação. A Eleven desenvolveu uma nova metodologia para a pesquisa, exclusivamente para a IR Magazine, com o comprometimento de aprimorar o nível da premiação, visando incluir mais empresas e categorias nos prêmios. Um dos principais desafios era trazer analistas e investidores estrangeiros para o estudo, que nunca haviam participado nos anos anteriores.

A metodologia passou a dividir as empresas em quatro categorias por valor de mercado: Small Cap (até R$ 2 bilhões), Mid Cap (de R$ 2 a 5 bilhões), Large Cap (de R$ 5 a 20 bilhões) e Mega Cap (acima de R$ 20 bilhões).

Com os critérios e questionários prontos, foi disponibilizado um questionário online, que já trouxe a lista com as empresas separadas por categoria, facilitando assim a escolha pelos participantes. A pesquisa foi distribuída para uma lista de contatos fornecida pela NASDAQ OMX Corporate e também para a base proprietária da Eleven Financial.

O processo teve início na primeira semana de abril/2016 e finalizado na primeira semana de junho/2016, e foi realizado diretamente pela equipe da Eleven Financial - eram analistas conversando com analistas, o que tornou o estudo bastante interessante. Ao longo de todo o processo, a Eleven esteve à disposição para esclarecer questionamentos sobre a premiação, metodologia e importância para o setor de Relações com Investidores, tanto para analistas como para as próprias empresas.

O questionário compreendeu 10 perguntas que abrangem o melhor desempenho anual dos Executivos de RI, CEOs e CFOs, evolução no programa de RI, formas de entregar as informações aos analistas e investidores (relatórios trimestrais, teleconferências, relatórios anuais e de sustentabilidade), governança corporativa e desempenho da equipe.

Outra inovação foi incluir, além das questões tradicionais, um prêmio para o Melhor RI em Período de Crise. Considerando que o Brasil está vivenciando uma crise sem precedentes em sua história, e que tem impactado sobremaneira o mercado de capitais, nada mais justo do que reconhecer as empresas que se destacaram justamente por terem atuado de maneira diferenciada nesse ambiente, buscando informar claramente os impactos nos seus negócios, não reduzindo sua participação em eventos, aproveitando oportunidades de ressaltar sua tese de investimentos.

Em todas as categorias, os entrevistados optaram por 3 empresas, em ordem de melhor qualificação, em cada questão feita. A empresa vencedora foi aquela que somou mais pontos, por categoria. O número total de pontos foi calculado pela multiplicação de 6 pontos para o primeiro colocado, 3 pontos para o segundo e 2 para o terceiro.

Uma das questões que apareceu ao longo da realização da pesquisa foi uma certa confusão que os analistas faziam, entre as premiações “IR Awards” e o “II”, da Institutional Investor. Nesse aspecto, logicamente, os prêmios da Institutional Investor eram mais conhecidos, até porque os analistas também concorrem a eles, então foi importante ressaltar as diferenças e os objetivos de cada um. Vale lembrar aqui que analistas sell-side fazem campanha na época dos prêmios “II” - por que a comunidade de RI também não se movimenta mais em torno do IR Awards?

O evento de premiação ocorre sempre em São Paulo, entre junho e julho, paralelamente ao Encontro Nacional de RI, promovido anualmente pelo IBRI e Abrasca, já que aproveita a audiência que vem de fora de São Paulo para a conferência. Nesse ano, o evento contou com a participação especial da jornalista Thais Herédia como mestre de cerimônias. Thais é comentarista de economia da Globo News e integrante da família do “Em Pauta”, um dos programas de maior audiência do canal de TV a cabo, além de conselheira da Eleven Financial. Tuiteira confessa e com um estilo que mistura a seriedade com humor, Thais abrilhantou o evento tirando selfies com todos os ganhadores, fez pesquisas de opinião e tornou a noite mais divertida e agradável.

Parabenizamos todas as empresas ganhadoras, as indicadas, e todos os profissionais participantes. Para 2017, esperamos que haja ainda mais engajamento das empresas no prêmio, afinal, reconhecimento sempre estará em pauta!

Confira a seguir a lista completa dos vencedores da edição deste ano:
 

IR Brazil Awards 2016 - PREMIADOS

    WEG - Grand prix de melhor programa de RI - Mega Cap

    KROTON - Grand prix de melhor programa de RI - Large Cap

    METAL LEVE - Grand prix de melhor programa de RI - Mid Cap

    ANIMA - Grand prix de melhor programa de RI - Small Cap

    Laurence Gomes (RENNER) - Melhor executivo de RI - Large & Mega Cap

    Leonardo Haddad (ANIMA) - Melhor executivo de RI - Small & Mid Cap

    Gilson Finkelsztain (CETIP) - Melhor RI por CEO ou CFO - Large & Mega Cap

    Alexandre Birman (AREZZO) - Melhor RI por CEO ou CFO - Small & Mid Cap

    AMBEV - Melhor desempenho em ano de crise - Mega Capp

    KROTON - Melhor desempenho em ano de crise - Large Cap

    CVC BRASIL - Melhor desempenho em ano de crise - Mid Cap

    BANCO ABC BRASIL - Melhor desempenho em ano de crise - Small Cap

    ITAÚ UNIBANCO - Melhor uso de tecnologia

    ITAÚ UNIBANCO - Melhor governança corporativa

    NATURA - Melhor relatório anual / de sustentabilidade - Large & Mega Cap

    MAGAZINE LUIZA - Melhor relatório anual / de sustentabilidade - Small & Mid Cap

    KROTON - Melhor encontro com investidores

    KROTON - Melhor teleconferência

    HYPERMARCAS - Maior evolução em relações com investidores - Large & Mega Cap

    SER EDUCAÇÃO - Maior evolução em relações com investidores - Small & Mid Cap


    KROTON, WEG, MAHLE E ANIMA CONQUISTAM O "GRAND PRIX 2016"
    DE MELHOR PROGRAMA DE RELAÇÕES COM INVESTIDORES

    Em sua edição de 2016, o IR Brazil Awards, premiação que celebra a excelência e a transparência na comunicação das companhias brasileiras com os investidores, ampliou a distribuição do seu “Grand Prix”, que anteriormente era distribuído a duas empresas. Este ano, o grande prêmio foi para quatro companhias: Kroton, Weg, Mahle e Anima, seguindo o critério de valor de mercado.

    por Lucia Rebouças

    Na classificação “Mega Cap” (valor de mercado acima de R$ 20 bilhões) a vencedora do Grand Prix 2016 foi a WEG, uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo. A Kroton Educacional, líder do setor de educação no país, venceu na classificação ”Large Cap” (valor de mercado de R$ 5 bilhões a R$ 20 bilhões). A Mahle Metal Leve, uma das maiores empresas brasileiras do setor de autopeças, ganhou como “Mid Cap” (valor de mercado de R$ 2 bilhões a R$ 5 bilhões) e a Ânima, também do setor de educação) foi a premiada na classificação “Small Cap (valor de mercado até R$ 2 bilhões).

    Kroton: mantém a liderança
    Como já havia acontecido no ano passado, quando levou para sua galeria de prêmios seis troféus no “IR Brazil Awards 2015”, a Kroton também foi a grande vencedora em 2016. Além do Grand Prix “Large Cap”, ganhou os prêmios nas categorias de “Melhor teleconferência”, “Melhor performance em ano de crise” e “Melhor encontro de RI”.

    Conforme Carlos Lazar, diretor de RI da Kroton, o setor de educação foi atingido com intensidade pela crise econômica e sofreu mudanças regulatórias principalmente no FIES (Fundo de Financiamento Estudantil do governo federal), com forte impacto negativo no desempenho das empresas. Houve alterações até em pagamentos do FIES que já estavam acordados.

    Em uma situação tão adversa, a premiação da empresa fala por si só. Segundo o diretor de RI: “A premiação deste ano referenda o reconhecimento do trabalho de comunicação da empresa não só para atender a demanda de informação por parte dos investidores, que aumentou muito com a crise, mas ainda para acompanhar a mudança de horizonte dos investidores, que passou a ser mais de curto prazo”.

    Para fazer frente a essa realidade, a Kroton realizou dezenas de “calls” com o mercado para explicar o que estava acontecendo no setor e tudo o que a companhia estava realizando para mitigar os impactos da crise no seu desempenho. Lazar contou que, em 2015, o evento anual que tinha duração de apenas meio dia, foi ampliado para o dia inteiro e contou com a participação de 300 pessoas em São Paulo, sendo transmitido para outros países em português e inglês.

    Apesar da crise, a Kroton - que já é a líder na área de educação no Brasil e no mundo com uma trajetória de mais de 45 anos na prestação de serviços no ensino básico e de mais de 10 anos no ensino superior - manteve sua estratégia de continuar expandindo suas operações no país. A companhia anunciou recentemente a aquisição da Estácio, cerca de três anos após surpreender o mercado com a aquisição da rival Anhanguera.

    Segundo analistas de mercado, com a nova compra a companhia se torna praticamente inalcançável pelos competidores. No ano passado, as receitas das duas companhias somadas passam de R$ 8 bilhões e os lucros chegam quase a R$ 2,5 bilhões. Além disso, juntas as universidades teriam cerca de 1,5 milhão de alunos, 1.080 polos de ensino a distância e 213 campus, acrescentam.

    A aquisição da Estácio também resolve sobreposições de acionistas nas duas empresas, como é o caso por exemplo do fundo de investimentos da África do Sul, Coronation, observam analistas. Atualmente, 75% dos investidores da Kroton são estrangeiros. A aquisição ainda de depende de aprovação do CADE (Conselho de Administração de Defesa Econômica) e dos acionistas.

    Como alternativa à limitação de vagas por conta das alterações do FIES, a Kroton criou um programa de Parcelamento Especial Privado (PEP), que contou como mais de 22,8 mil alunos matriculados, no seu lançamento. Pelo programa, o aluno paga apenas um percentual da mensalidade (conforme negociação entre as partes) e o restante é pago após a formatura, sem incidência de juros. “Para a Kroton, a educação continua e continuará sendo fundamental e essa é uma realidade que a crise não subverterá”, ressalta Lazar.

    Weg prioriza atendimento
    Geraldo Polezi, diretor de finanças e Luis Fernando Moran de Oliveira, gerente de RI da Weg, multinacional brasileira especializada na fabricação, comercialização e exportação de motores elétricos, transformadores, geradores e tintas, creditaram o prêmio principalmente ao profissionalismo na relação de longo prazo com o público de RI.

    Polezi conta que a estruturação da área de RI começou há mais de dez anos com o vinda do Luis Fernando Moran para o RI da empresa. De lá para cá, a empresa adotou uma série de práticas que considera como diferenciais que lhe garantiram o Grand Prix. Além do profissionalismo, ele cita a prioridade no atendimento como a flexibilização nos horários e capacidade de entender o que o investidor quer saber; acesso ao corpo diretivo da empresa e o atendimento personificado.

    “Não existe padrão de uma reunião para outra, pois cada investidor tem preocupações diferentes e o interesse de conhecimento diferenciado torna imprescindível o atendimento personificado”, observa Polezi. Sobre o aceso ao corpo diretivo, ele afirma que isso é fundamental para uma comunicação eficiente e eficaz com o público de RI. “Toda a diretoria da Weg valoriza o trabalho do RI e abre espaço em suas agendas para atender as solicitações”.

    A área de RI da empresa conta com duas pessoas em dedicação integral, mas todos os executivos e até Conselheiros atendem as demandas de RI, ressalta o gerente de RI da Weg. “Temos grande acesso à empresa como um todo e até a assessoria de imprensa atua junto com o RI, o que facilita também o relacionamento com os públicos externos”.

    A empresa tem uma base de investidores significativa e estável. “Contamos com investidores de mais de 12 anos e nosso relacionamento é baseado na confiança”, afirma Polezi. Atualmente a empresa tem um free float de 35% na bolsa de valores. Desse total 53% são investidores estrangeiros e 46% brasileiros.

    Entre os eventos que a empresa realiza estão o “Weg Investors Day”, teleconferências, além de participar das conferências organizadas por bancos de investimento. Também mantém um programa anual de levar investidores para a sede da fábrica, na cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. “Esse é um evento que faz toda a diferença, pois mostra a força do nosso negócio”, ressalta Polezi.

    A crise não trouxe alterações significativas nem para a atuação do RI, nem para as metas estabelecidas pela Weg para sua atuação no mercado. “A empresa é muito diversificada, e já passou por outras crises. A consistência, honestidade e transparência na sua atuação não muda nas crises”, observa o executivo.

    Segundo Moran, o que houve foi um aumento da frequência na demanda de informações por parte de investidores. “Os investidores tem ligado mais vezes e enviado mais e-mails. Já o foco das questões varia de acordo com os acontecimentos. Por exemplo, quando há alteração no câmbio as questões costumam ser em relação aos efeitos da variação da moeda nas receitas da empresa”.

    Com relação a perguntas em relação à crise política, os executivos afirmam: “Centramos nossas informações em relação a atuação da Weg e o seu negócio. Fora disso temos pouco a acrescentar e não manifestamos opinião política”. Acrescentam ainda que não é função deles dizer se a ação está cara ou barata e que informações macroeconômicas contam com especialistas para isso.

    Sobre os negócios da Weg, o diretor financeiro afirma que a empresa é orientada para o crescimento sustentável, que cria valor. “Não é crescer 50% num ano. É crescer todos os anos”. Em 2011, a empresa fez um plano de metas batizado de “20 por 20”. A denominação veio de seu objetivo de atingir um faturamento de R$ 20 bilhões até 2020.

    Em 2015, o faturamento da Weg foi de R$ 9,8 bilhões. Desse valor 43% foi obtido no mercado local e 57% veio do exterior. Os principais mercados de exportação da empresa são América do Norte e Europa.

    Na meta de crescimento da empresa, um terço deve vir de operações de aquisições. Hoje é muito importante para a Weg buscar o acesso a novos mercados e à tecnologia. E as aquisições permitem isso, diz o diretor financeiro.

    Em 2014, a Weg adquiriu uma empresa na China que fabricava motores para a linha branca, especialmente máquinas de lavar roupa. Com a aquisição, a Weg pode entrar no mercado americano para o qual a empresa chinesa já exportava. Também permitiu o acesso a uma tecnologia para a fabricação desses motores que a empresa ainda não tinha.

    Essa tecnologia ainda não é usada na produção para o mercado brasileiro. Mas, segundo Polezi, deu uma vantagem competitiva para a Weg, que estará preparada para fabricá-los assim que o mercado local demandar. Atualmente 25% da produção é feita fora do Brasil. Seu grande mercado é motores elétricos industriais e atualmente detém 14% desse segmento no mercado americano. Suas principais concorrentes globais são a alemã Siemens, a suíça ABB e a francesa Schneider Electric.

    Mahle: aproximação com proatividade
    A mudança do perfil do time de RI, a proatividade, utilização de ferramentas de inteligência de mercado para colocar em prática seu programa de RI, e principalmente conhecer seu público, buscando constantemente identificar o que o investidor considera para sua tomada de decisão de investimento, foram os diferenciais para a premiação da Mahle Metal Leve.

    Esta foi a primeira vez que companhia foi premiada com o IR Awards, de acordo com Caio Gonçalves de Moraes, diretor financeiro e de RI da Mahle. Ele que conta a partir de 2014 a empresa promoveu uma mudança no time de RI que, como resultado, permitiu que colocassem em prática uma postura bem mais proativa na busca da aproximação com o mercado.

    “Fizemos um estudo de percepção com o sell side e o buy side no qual foram identificados os principais drivers de valor da companhia bem como as deficiências no relacionamento com o mercado e pontos de melhoria (website de RI, release de resultados, formato da teleconferência etc), que deveriam ser endereçadas no novo programa de RI”.

    O estudo também permitiu que a companhia trabalhasse de maneira direcionada e efetiva os seus “investor targetings” no Brasil e lá fora. “No início de 2014, 65% do nosso free float, era composto por fundos locais. Hoje, 70% é formado por fundos estrangeiros o que, em nossa avaliação à época, tinha um perfil mais de longo prazo e, portanto, mais aderente ao case da Mahle Metal Leve”, acrescenta.

    A Mahle atua no setor automotivo, um dos mais afetados na crise, com o consequente aumento da demanda por informações e do trabalho do RI. A empresa fabrica e comercializa motores à combustão interna e filtros automotivos e foi afetada principalmente pela queda das vendas para as montadoras no Brasil. De acordo com o diretor, porém, a redução foi compensada pelo aumento das exportações e a manutenção das vendas em nosso mercado de reposição. No ano passado, a receita da empresa cresceu 4% em relação à 2014. No período as vendas internas tiveram queda de 15%, enquanto as exportações cresceram mais de 23%.

    A Mahle exporta para 60 países, incluindo EUA, Alemanha, México, Canadá, França, Portugal, Espanha, China, Argentina, Suécia, Itália, República Checa e Áustria. Na sua carteira de clientes estão: General Motors, Opel, Volkswagen, Ford, Fiat, Cummins, MWM International, Mercedez-Benz, Scania, Volvo, PSA Peugeot-Citroën, John Deere, Renault, Caterpillar, Iveco, Embraco, Honda, entre outros.

    Na sua comunicação com o mercado, a empresa adotou como estratégia enfatizar mais o seu perfil de longo prazo nos investimentos em pesquisa e desenvolvimento, o aumento da base de exportação e a resiliência do mercado de reposição. A estratégia se alinha com sua base de investidores, composta por 70% de fundos estrangeiros de longo prazo.

    Além disso, adotou como meta do RI, responder em, no máximo, 24 horas as demandas do mercado, sejam via e-mail ou telefone, mantendo a proximidade com o seu público. Ao menos duas vezes ao mês leva grupos de investidores para conhecer seu centro tecnológico e suas instalações industriais. Para a empresa, essas práticas permitem que os investidores “tangibilizem” o que comunica em suas interações diárias com o mercado.

    Ainda como parte de seu programa de RI, a empresa participa de todas as conferências no Brasil e duas vezes ao ano faz roadshows na Europa e EUA. Além disso, todo ano promove o “Innovation Day” junto com a reunião APIMEC (encontro com analistas de mercado) no Centro Tecnológico em Jundiaí. “Inclusive vencemos o “Prêmio Qualidade” em 2014, como a melhor reunião pública dentre todas as empresas de capital aberto do Brasil”, destaca Moraes.

    Atuando no Brasil desde os anos 50, a empresa faz parte do grupo de autopeças alemão Mahle, que teve sua origem na Alemanha em 1920. Em 2015, o grupo contava com um total de 75.000 funcionários em mais de 170 plantas industriais. Possui também 13 centros de pesquisa e desenvolvimento (Alemanha, Grã-Bretanha, EUA, Brasil, Japão, China e Índia) com mais de 5.000 engenheiros de desenvolvimento e técnicos trabalhando em futuros conceitos, produtos e sistemas.

    Anima: expansão continuada
    Na premiação deste ano, a Anima além de levar o “Grand Prix de melhor programa de RI - Small Cap”, o diretor de RI: Leonardo Haddad foi também premiado, pelo terceiro ano consecutivo, com o troféu de “Melhor executivo de RI - Small & Mid Cap”.

    Este ano, a Anima Educação - grupo mantenedor de instituições de ensino superior como a Unimonte, Centro Universitário UNA Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Universidade São Judas Tadeu e a HSM Escola de Negócios - deu continuidade ao seu programa de expansão em Minas Gerais. A empresa se uniu à Alis Educacional e com a parceira atingiu a marca de 100 mil alunos no país, conforme informações da mídia.

    Segundo o informe de resultados, a empresa está reativando e reforçando suas equipes comerciais. “Acreditamos que o momento atual vem exigindo uma revisão de prioridades e, atentos a isto, estamos direcionando recursos para potencializar a captação de novos alunos com pessoas focadas neste processo...”, diz o informe.

    Em 2014, Anima comprou as instituições brasileiras da empresa norte-americana Whitney: Centro Universitário Jorge Amado (UniJorge), em Salvador e Universidade Veiga de Almeida (UVA), no Rio de Janeiro. A compra envolveu a transferência de 11,6% da Anima para a Whitney.


Continua...