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Mercado de Capitais

ELITE BRASIL: PREPARANDO EMPRESAS BRASILEIRAS PARA ACESSAR O MERCADO DE CAPITAIS

O Brasil é o primeiro país da América Latina a participar do ELITE, programa internacional de suporte ao desenvolvimento de negócios e captação de recursos do London Stock Exchange Group, que foi trazido ao país pelas mãos do IMMC (Instituto Mineiro do Mercado de Capitais), transformado recentemente em IDMC (Instituto de Desenvolvimento do Mercado de Capitais), com a criação do programa Elite Brasil.

De acordo com Paulo Ângelo Carvalho de Souza, diretor presidente do IDMC, o lançamento do Elite Brasil representa uma revolução na maneira como as companhias do middle market brasileiro serão apoiadas em seu crescimento e preparação para o acesso ao mercado de capitais, o que impactará decisivamente no desenvolvimento econômico do país.

Paulo Ângelo conta que a jornada, que culminou com o licenciamento exclusivo para a operação do programa Elite no Brasil, em novembro de 2017, foi extensa. “Tendo sido uma das principais instituições dedicadas a apoiar companhias mineiras para acessar as oportunidades no mercado de capitais, o IMMC vinha se destacando em nível nacional e internacional, tendo realizado mais de 35 eventos e duas missões internacionais em seus cinco anos de existência”.
 
Como apoio e suporte ao Elite Brasil, o IDMC, como já acontecia com o IMMC, conta com a FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), o BDMG (Banco de Desenvolvimento do Estado de Minas Gerais), além de parcerias já estabelecidas com o Credit Suisse Hedging Griffo; Fialho Salles Advogados; Grant Thornton; a escola de negócios Ibmec; MZ Group; e Paul Hastings.

Segundo Olavo Machado Jr, presidente da FIEMG, o Elite significa uma grande inovação em termos de preparação e de acesso ao mercado de capitais para as companhias mineiras e brasileiras. ”O programa contribui para o avanço na capacidade estratégica e competitiva da indústria, ao mesmo tempo em que promove a internacionalização da economia e o fomento a uma mudança cultural no mercado brasileiro, ainda muito dependente do crédito público”.

Com a criação do Elite Brasil, outras parecerias estão sendo buscadas. Entre os potenciais parceiros com discussões já iniciadas estão: BNDES; CVM (Comissão de Valores Mobiliários); B3 (bolsa de valores brasileira); CNI (Confederação Nacional da Industria) e FAEMG (Federação da Agricultura do Estados de Minas Gerais). Figuram também entre os principais interessados em se associar à iniciativa os bancos de investimento, advisors financeiros, escritórios de advocacia, firmas de auditoria, consultorias em gestão e outros players do mercado financeiro que já somam mais de 200 parceiros do ELITE no mundo.

Destaque internacional
No mercado internacional, o Elite tem se destacado no apoio às companhias europeias para o desenvolvimento de planos de negócios, conhecimento do mercado de capitais e governança corporativa e apresenta números expressivos.

Atualmente conta com a participação de 758 companhias de 31 países, de 35 setores, com faturamento na faixa de 50 milhões de euros a 500 milhões de euros. A comunidade conta ainda com mais 100 investidores institucionais conectados ao ELITE Club Deal – plataforma de private placement desenvolvida para conectar companhias ELITE aos principais investidores privados em âmbito global.

Nas operações de acesso ao capital, destaca a atuação do Elite na realização de 224 fusões e aquisições e joint ventures, envolvendo 125 companhias, 120 investimentos de private equity e venture capital, envolvendo 880 companhias e 28 emissões de dívida corporativa, somando 860 milhões de euros. Destaca ainda a realização de IPOs por 11 companhias, totalizando 205 milhões de euros. No total foram 432 transações corporativas, envolvendo 35% dos participantes do Elite, no valor de cinco bilhões de euros.

Resultados atraentes também são esperados na atuação do Elite no Brasil, onde mais de duas mil empresas de midle market são elegíveis ao programa, conforme Luca Peyrano, CEO do Elite. Para ele, este é um feito importante para um programa internacionalmente reconhecido. “Estamos felizes em celebrar a nova parceria junto ao IDMC e à FIEMG, nossa primeira parceria na América Latina”.

Segundo Peyrano, a partir deste lançamento companhias do middle market, que são parte crucial da economia brasileira, poderão se beneficiar das inovações trazidas pelo programa, impactando positivamente o desenvolvimento econômico, inovação e o emprego.

No Brasil, o objetivo do programa é alcançar 300 companhias nos próximos cinco anos, reconhecendo que o middle market brasileiro tem a capacidade única de inovar, criar postos de trabalho e impactar positivamente o desenvolvimento econômico e crescimento do PIB brasileiro, observa Paulo Ângelo, que destaca a intenção do programa em atender companhias sediadas em todos os estados brasileiros.

Primeira Turma
A primeira turma a integrar o Elite Brasil, das muitas que segundo os parceiros do Elite estão por vir, é composta por 10 companhias, que serão acompanhadas pelo programa nos próximos 18 meses: Grupo Ápia, Embaré, Labtest, Lafaete, Lumar Metals, Master Turismo, MCT, Pif Paf, Vilma Alimentos, Transpes. “Nós tivemos grande sucesso em atrair companhias reconhecidas pelo seu grande potencial”, ressalta o diretor presidente do IDMC.

Recentemente companhias da turma foram destaques na mídia. O Grupo Ápia lançou um Código de Conduta que, além de expor os valores da empresa para evitar constrangimentos e manter a honestidade e a integridade nas relações, indica como deve agir quem tem acesso a informações privilegiadas, atualmente uma das questões mais discutidas e fundamentais para a atratividade dos mercados.

A Embaré recebeu no ano passado o prêmio “Melhores do Agronegócio - Categoria Sustentabilidade”, que reconhece o desempenho das melhores empresas em 20 segmentos, com base em indicadores financeiros e de sustentabilidade. Fundada em 1935, a Embaré realizou nas últimas duas décadas investimentos da ordem de R$ 49 milhões para minimizar os impactos ambientais na produção de lácteos.

A Lumar Metals celebrou em maio do ano passado a condecoração pelo dia da Indústria pelo desenvolvimento de base tecnológica respeitada nacional e internacionalmente. A companhia atende atualmente todas as usinas siderúrgicas do Brasil e exporta para mais de 15 países.

Diferencial do Programa
O principal diferencial do Elite em relação a outras inciativas de fomento ao mercado de capitais brasileiro é ajudar as companhias a tomar a melhor decisão para o seu negócio e não apenas pegar a onda do momento, ou comprar um produto de prateleira, ressalta Souza. “Nossa intenção não é inventar a roda, mas ajudar e apoiar a empresa a escolher o que é melhor para ela, fazer de fato o que ninguém ainda fez”.

De acordo com Paulo Ângelo, o programa propicia a capacitação, diagnóstico e integração a uma comunidade global de investidores e parceiros comerciais, contando as companhias com o integral apoio do IDMC em um ambiente monitorado e cercado de boas práticas e relações de confiança.

Para adaptação à realidade brasileira foi feita uma customização do programa educacional e das estruturas de suporte considerando o ambiente empreendedor do país. E ainda, da integração com a comunidade Internacional, do envolvimento de stakeholders institucionais como associações, entidades de classe, órgãos reguladores, bancos de investimento, bolsas de valores e afins, garantindo alinhamento com o mercado local.

Falando sobre o perfil das companhias elegíveis ao programa, o diretor presidente do IDMC elenca: ambição, histórico de crescimento e negócio escalável; comprometimento em participar do programa e motivação para implementar mudanças; desejo de explorar novas fontes de financiamento para acelerar o crescimento; equipe de gestão de alta qualidade.

Em relação ao impacto do programa nas empresas, observou que alguns dos resultados observados entre companhias participantes do Elite Brasil são o aumento do número de funcionários, das receitas e do lucro líquido. “Está é uma clara evidencia do impacto positivo do programa na competitividade e eficiência das companhias participantes.”

Além disso, o programa traz benefícios para a companhia como: network, acesso aos investidores; experiência colaborativa, desenvolvimento continuado, ganhos de visibilidade. Também promove o engajamento da comunidade empresarial e do mercado financeiro local para desenvolvimento conjunto do conteúdo e promoção do Elite no Brasil.
 
Missão antiga
Desde sua fundação em 2012, IMMC tinha como missão estimular uma maior inserção das empresas mineiras no cenário global do Mercado de Capitais, através da educação e capacitação de seus respectivos executivos e acionistas, principalmente no que diz respeito à estrutura, processos, exigências, interesses e oportunidades relacionadas a esse mercado.

Conforme Paulo Ângelo, o IMMC vinha se dedicando ao fortalecimento do mercado de capitais brasileiro através de três pilares fundamentais: educação para cultura de mercado de capitais, assessoria direta para o mercado de capitais e networking entre empresários e investidores.

Para tanto, o instituto promoveu uma extensa programação de seminários, fóruns, programas de imersão e missões internacionais a fim de ampliar as frentes de interação das companhias brasileiras com o mercado de capitais em âmbito internacional. Estas iniciativas foram amplamente apoiadas pelo mercado de advisors brasileiro, com destaque para o apoio de Banco Votorantim, Banco do Brasil Investimentos, Bradesco BBI, Credit Suisse, EY, KPMG, Deloitte, Grant Thornton, Cescon Barrieu, Fialho Salles Advogados, GVM Advogados, Machado Meyer, Paul Hastings, entre outros.


Continua...