VOLATILIDADE NO MERCADO 
BRASILEIRO DE AÇÕES
			por ANTONIO D. C. CASTRO 		
		
		Uma característica marcante no nosso mercado de capitais é a  acentuada volatilidade da bolsa de valores brasileira, aferida pelas  oscilações do Ibovespa, que é muito maior do que a verificada nas  principais bolsas de valores no exterior e, em particular, nos Estados  Unidos, o que pode ser bem exemplificado se considerarmos a evolução do  Dow Jones Industrial Average. Para melhor examinar o tema, partiu-se de  1968, ano de início do Ibovespa, abrangendo assim uma série de 45 anos.
Neste período, o mercado brasileiro de ações já operava dentro  de um ambiente marcado por diretrizes dadas por importantes e novos  marcos legais: a lei da reforma bancária (1964), que reconfigurou o  sistema nacional de intermediação financeira, criando o Banco Central e o  Conselho Monetário Nacional; a Lei do Mercado de Capitais (1965), que  reformulou a legislação sobre as bolsas de valores, que permitiu a  criação dos bancos de investimentos e que transformou os corretores de  fundos públicos em sociedades corretoras. Posteriormente (1976) viria a  ser criada a CVM e promulgada uma nova Lei das sociedades anônimas. 
Assim, estabelecendo o ano de 1968, como base inicial, foram  feitos os cálculos em dólares norte-americanos, deflacionados pelo  Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Com estes  parâmetros, verificou-se que, em 45 anos, o índice do Ibovespa ajustado  apresentou valorização média anual de 8,2%. Já o Índice Dow Jones  Industrial Average ajustado apresentou uma média de rentabilidade anual  de apenas 2,3%.
		
		
		Continua...