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Em Pauta

O ACESSO DE PEQUENAS & MÉDIAS EMPRESAS AO MERCADO DE CAPITAIS NO BRASIL

É o mercado de capitais brasileiro que precisa das pequenas e médias empresas (PMEs) para retomar seu crescimento ou são as PMEs que precisam do mercado de capitais como fonte de financiamento para crescer? Para o mercado, ambas as premissas são verdadeiras e a questão do momento, que vem agitando corações e mentes de consultores, corretores, bancos de investimentos, analistas, reguladores, entidades de classe e demais agentes é: Como facilitar o acesso dessas empresas ao mercado de capitais, suas listagens em bolsa de valores, e ainda como atrair investidores e as próprias PMEs para abrir seu capital?

Pesquisa promovida pela Deloitte, em parceria com o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), aponta que 62% das pequenas e médias empresas não acreditam que um IPO (oferta pública inicial de ações, na sigla em inglês) seja acessível a elas, outras 24% não têm opinião e apenas 14% avaliam como acessível. O levantamento foi obtido junto a 73 empresas com faturamento inferior a R$ 1 bilhão. Outros fatores apontados como desfavoráveis à realização de IPOs pelas PMEs são: custos para abrir o capital, falta de investidor e o elevado volume para viabilizar a captação. Nos últimos três anos, o volume médio captado por operação no Brasil alcança R$ 892 milhões, valor muito elevado para as empresas de menor porte.

Com o objetivo de criar condições favoráveis para facilitar o acesso das PMEs ao mercado de capitais, coordenadores e apoiadores de várias propostas - vem realizando verdadeiros ‘road shows’ - voltadas para instituições governamentais, órgãos reguladores, entidades de classe e agentes do mercado. É o caso do PAC-PME - assim informalmente batizado por se tratar de uma versão para pequenas e médias empresas do Programa de Aceleração do Crescimento do governo e liderado pelo MZ Group - e da proposta do Comitê de Ofertas Menores, coordenada pela BM&FBovespa.


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