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IBRI Notícias

WORKSHOP IR BRAZIL AWARDS 2015

O IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) reuniu a comunidade de RI, em 28 de setembro de 2015, para a 11ª edição do “Workshop IR Magazine Brazil Awards”, em São Paulo. André Luiz Gonçalves, vice-presidente do Conselho de Administração do IBRI, ressaltou, na abertura do evento, a importância da troca de informações sobre as melhores práticas da área de RI.

A premiação IR Magazine Awards surgiu no ano de 1991, em Londres (Inglaterra), e - a partir de então - foi replicada em diversas localidades. O Brasil teve sua primeira edição, em 2005, para premiar as melhores práticas de RI nacional, tendo ocorrido a 11ª edição, no dia 14 de julho de 2015, em São Paulo (SP). Em todos os mercados que promovem a premiação, a metodologia é praticamente a mesma e baseada em uma rigorosa pesquisa com analistas e investidores que decidem os vencedores.

O estudo de percepção no Brasil é conduzido pelo IBRE-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). Em 2015, foram obtidas 118 respostas de diferentes perfis profissionais do mercado (analistas sell-side, buy-side, gestores de recursos e consultores) atuantes em todos os setores da economia brasileira. Em 11 anos de prêmio, as empresas com mais indicações e premiações foram: Itaú Unibanco, VALE, Petrobras, Natura e Kroton.

O primeiro painel do evento: “Empresas Ganhadoras e Indicadas ao Prêmio IR Magazine” foi moderado por André Luiz Gonçalves e contou com a participação de Fabio Cefaly, gerente de Relações com Investidores da Natura; Pedro Gomes de Souza, coordenador de Relações com Investidores da Kroton e Maristela Akemi Utumi Seiler, gerente de Relações com Investidores do Grupo Ultra.

Cefaly ressaltou a importância do diálogo, principalmente em momentos difíceis. De acordo com o gerente de RI da Natura, o reconhecimento é fruto da comunicação integrada com o mercado.

Pedro Gomes de Souza apontou os quatro diferenciais da empresa: agilidade na comunicação com o mercado, alto nível de engajamento com a administração, elevada exposição da companhia e visitas guiadas dentro das universidades para que os investidores saibam, no detalhe, como funciona a operação da Kroton. “A participação em eventos do setor é oportunidade, também, para o investidor estar em contato com a companhia”, declarou.

“O trabalho de RI exige profundo conhecimento sobre a companhia, buscar a transparência e ser sintético", destacou Maristela Seiler.

Perspectivas Econômicas
Osegundo painel do workshop tratou da “Economia Brasileira em 2016: Perspectivas Macroeconômicas e Setoriais” e foi moderado por Daniela Bretthauer, coordenadora da Comissão de Desenvolvimento Institucional do IBRI. Os participantes do painel foram: Rafael Guedes, diretor-geral da agência de classificação de riscos Fitch Ratings no Brasil, e Felipe Hirai, estrategista de ações para América Latina do Bank of America Merrill Lynch.

Rafael Guedes, diretor-geral da Fitch Ratings no Brasil, afirmou que a revisão das projeções do governo sobre as metas fiscais e o orçamento enviado com déficit colocam nova pressão sobre o rating soberano brasileiro. Segundo ele, outras reformas estruturais são necessárias para o país, visto que com inflação e juros altos, o Brasil não cresce. Os indicadores estão em constante avaliação, observou.

Outros gatilhos - que podem levar a um rebaixamento do rating do Brasil - são os desequilíbrios econômicos, pois é preciso voltar a crescer “ao menos 2% ao ano", declarou. Segundo Guedes, um dos pontos favoráveis do país são as reservas internacionais, que são "extremamente robustas". Para ele, "uma perda significativa nas reservas pode ser um gatilho para o rebaixamento". A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou a nota de crédito soberana do Brasil, em 15 de outubro de 2015. O país continua a ter grau de investimento pelo critério da agência, mas a perspectiva da nota permanece negativa, o que significa que novos rebaixamentos podem ocorrer no futuro. A nota passou de "BBB" para BBB-, o último degrau do grau de investimento. Abaixo disso, a classificação de crédito dos títulos indica investimento especulativo.

Felipe Hirai chamou atenção, no workshop de 28 de setembro de 2015, para o impacto negativo da desaceleração da economia da China para os países emergentes. “Apesar desse negativismo não vemos uma saída em massa dos investidores estrangeiros do Brasil”, concluiu.

O workshop foi patrocinado pelas empresas: BNY Mellon, Itaú Unibanco e Conference Call Wittel. Mais informações: www.ibri.com.br/Upload/Arquivos/eventos/2015/Workshop_IR_Magazine_Brazil_Awards_2015.html


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