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CAPITALIZAÇÃO DE MERCADO DE EMPRESAS COM AÇÃO EM BOLSA CAI 7% EM 2014

O valor de mercado das companhias brasileiras com ações negociadas em bolsa caiu 7% em 2014, em relação ao ano anterior, somando R$ 2,2 trilhões. Esse é o menor nível desde 2008, quando a capitalização somou R$ 1,4 trilhão, em meio à crise financeira global daquele ano.



Segundo o relatório anual de 2014 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), "a ocorrência de apenas duas ofertas públicas de ações no ano, aliada à forte queda do preço das ações de companhias com relevante valor de mercado, como o ocorrido com as ações da Vale e da Petrobras, explicam essa perda de valor”.

No ano passado, as ações preferenciais da Petrobras acumularam perdas, ajustadas por proventos, de 37,6%, enquanto os papéis sem direito a voto da Vale caíram 36,8%. Em consequência, as duas empresas recuaram da posição de segunda e terceira maiores empresas da bolsa, em termos de valor de mercado, para, respectivamente, a quarta e quinta posições.

Já o índice Ibovespa fechou 2014 com desvalorização de 2,91% em reais, correspondente a queda de 14,4% em dólares. O ano também contou com apenas duas distribuições de ações: IPO da fabricante de produtos veterinários Ouro Verde e a oferta subsequente da operadora de telefonia Oi. Juntas, as duas distribuições somaram cerca de R$ 15 bilhões, queda de 36% em relação a 2013.

Além disso, 2014 foi marcado por uma queda de 36% no número de registros de companhia aberta concedidos, que somaram 21 registros. Ao mesmo tempo, o número de cancelamentos de registros aumentou 58% no ano, com 30 registros cancelados. Segundo a autarquia, a redução do número de companhias abertas "refletiu a piora das expectativas em relação ao desempenho da economia brasileira por parte do empresariado, fator que desestimulou a busca do mercado de capitais por novas empresas”.

Apesar do contexto macroeconômico brasileiro desfavorável, o fluxo dos investimentos estrangeiros bateu recorde no ano, atingindo US$ 46 bilhões, valor 35% superior ao do ano anterior, dos quais 40% alocados em renda fixa e 45% em ações. Já o número de investidores não residentes registrados na CVM teve aumento de 9%, passando de 19,1 mil para 20,9 mil.


Continua...